sábado, 12 de setembro de 2009

ESTAMOS CHEGANDO AOS POUCOS...

Na semana passada, soube que haveria na plateia um jornalista do jornal A Folha Do Bosque e que talvez ele faria uma matéria comigo. Na verdade eu fiz cara de paisagem e fiz o meu trabalho como de costume., eu não acreditei na noticia, acho que já me situei com relação a falta de visibilidade que um ator sem uma mídia e sem recursos para ela pode ter.

Bom, felizmente era verdade e os jornalista não só fizeram a matéria., mas fizeram a melhor matéria que poderiam ter feito comigo,minha primeira entrevista para a mídia carioca na versão eletronica atravez de uma entrevista no youtube, e também na versão impressa do jornal.



Estamos em uma fase em que o nosso público está subindo, naquela fase em que as pessoas começam a chegar indicadas por alguém que já assistiu o espetáculo., fase em que começamos a repor o investimento feito no inicio da temporada, onde o trabalho ainda não havia sido reconhecido, fase em que os meios de comunicação começam a virar os olhos para o teu trabalho e reconhecê-lo, fase em que você começa a se sentir bem com o teu trabalho e a tua equipe começa a trabalhar em êxtase com o sucesso de público., Fase esta em que estamos acabando a temporada, pois temos que entregar o teatro para uma próxima produção.

As produções em que não tem patrocinio para fazer um ataque de mídia antes da estreia, ou que não tem recursos para fazê-la por conta própria., repetem este ciclo., na primeira quinzena pagam para trabalhar, na segunda quinzena começam a ter um público devido ao boca a boca e reconhecimento do teu trabalho, na terceira quinzena a plateia e o reconhecimento começam a chegar e na quarta quinzena, quando o sal vira vinho e o azedo começa a ficar doce, tem que acabar a temporada. Eis um ciclo cruel, mas que faz parte da seleção "natural" dos que persistem e dos que jogam a toalha, dos que ainda acreditam e dos que são vencidos pelo desleixo dos que deveriam ampará-los, mas que não o fizeram apenas porque não o sabiam, ou não chegaram a tempo de conhecê-lo.